O mês da consciência surda chama atenção para os direitos das pessoas com deficiência auditiva
O mês de setembro é muito importante para a luta pela garantia de direitos dos surdos. Afinal, duas datas importantes para esta comunidade são celebradas no período: o Dia Internacional das Línguas de Sinais (23 de setembro) e o Dia Nacional dos Surdos (26 de setembro).
Não à toa, setembro é considerado o mês da consciência surda, representando a luta para que as pessoas surdas sejam vistas como cidadãos e tenham respeitados seus direitos sociais e linguísticos.
As duas datas marcam as conquistas alcançadas pelos surdos ou pessoas com deficiência auditiva e também convidam à reflexão sobre a inclusão dos surdos na sociedade.
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Dia Nacional dos Surdos
O Dia Nacional dos Surdos foi criado pela Lei nº 11.796/2008. A data de 26 de setembro foi escolhida em homenagem ao dia de fundação do Instituto Imperial de Surdos-Mudos em 1857 no Rio de Janeiro, hoje atual Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES.
No Brasil, os surdos constituem 3,2% da população ou aproximadamente 5,8 milhões de brasileiros. A Federação Mundial de Surdos estima haver mais de 70 milhões de pessoas com a deficiência em todo o mundo.
De acordo com o site do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), o instituto tinha o objetivo de integrar as pessoas surdas à sociedade. Por isso, o imperador Dom Pedro II convidou um professor francês, Ernest Huet, para lecionar para esse público. Ernest também era surdo e ministrava suas aulas em Língua de Sinais Francesa.
A partir do trabalho de Huet e dos sinais utilizados pelos surdos no Brasil, desenvolveu-se a Língua Brasileira de Sinais, conhecida como Libras.
Libras exige de 1 a 2 anos de estudo; pode ser aprendida por qualquer pessoa e como qualquer outro idioma exige dedicação e imersão na comunidade surda. Diferente de outros idiomas é necessário expressar sentimentos durante a interpretação, condição essencial para dar contexto ao assunto tratado.
Dia Internacional das Línguas de Sinais
Celebrado em 23 de setembro, o Dia Internacional das Línguas de Sinais é uma data de conscientização sobre a importância de apoiar e proteger a identidade linguística e a diversidade cultural de pessoas com deficiência auditiva e usuários desta forma de comunicação.
De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) ,a linguagem de sinais é um sistema de representação simbólica das letras do alfabeto, soletradas com as mãos, mas não se resume a uma cartilha com alfabeto manual. Ela tem gramática própria e estrutura linguística composta por aspectos fonológicos, morfológicos e lexicais.
Nessa língua existem sinais para quase todas as palavras conhecidas. Para a execução dos sinais usa-se o movimento das mãos, além das expressões facial e corporal, quando necessário.
No Dia Internacional da Língua de Sinais, é importante chamar a atenção para a necessidade de reconhecer e promover as mais de 200 línguas de sinais nacionais diferentes em todo o mundo, fortalecendo o apoio às línguas de sinais como um direito humano essencial para os surdos.
No Brasil, a Lei nº 10.436/2002 reconheceu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão e determinou o apoio à sua difusão e uso pelo poder público.
Libras exige de 1 a 2 anos de estudo e pode ser aprendida por qualquer pessoa. Como qualquer outro idioma, exige dedicação e imersão na comunidade surda. Diferente de outros idiomas é necessário expressar sentimentos durante a interpretação, condição essencial para dar contexto ao assunto tratado.
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Por Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita
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